sexta-feira, junho 26

Enigma

É segredo: é segredo o que guardamos debaixo dos lençóis que nos sobram da frieza de quando se esconde; quando se nega; quando se mente.
Refugiamo-nos perto do amargo, corremos desesperados e caímos longe do pecado – pelos menos é o que queremos ler retratado.
Mas quando nos é permitido: é entendido, é remexido, é mais que sentido.
É secreto: é secreto como fazemos das aproximações as emoções, das sensações as uniões, dos palavrões as adaptações.
Desenrolas, envolves, desejas; mas ocultas – a ela, a eles, e quem sabe a ti(?)
Desenvolves que sempre foi realizado por entre: buracos tapados, laços quebrados, perigos lançados – não vamos dar caminho a um ponto que não acredito, vamos cortar no momento “em que por ti grito”, mas esquecer o que por mim foi agora dito!
Escondemo-lo: o envolvente que não posso, o arrasto de quem não deve, e o que acontece.

Eu prometo, que nunca vai ser escuto o que nos é doce.




(sem sentido)

(Inicio de Setembro de 2008)

*
P.S.: Estou de viagem – aí vou eu: Salou e Barcelona!
Volto dia 7 “meus lindos” J

O sabor do pecado

O preto sobre o branco: vestigios da noite; guiados por uns seguidos pontinhos banais: vestigio do tempo; uns fechados, uns reservados, uns perdidos: vestigios de cada um de nós.
E é assim: agarro no que perdi e perco-me na fama que mal correspondi.

Experiências? Queimo a esperança que guardei, alimento tudo o que chorei, rio com tudo o que perdi. E danço por cima porque aprendi!
Em caminhos proibidos, com o peso de quando se perde alguém, uma em mil e uma maneiras quis que me largasses ai, porque não faria por ti nada do que fizeste por mim. Mesmo assim: agarraste-me, confortaste-me e ajudaste-me. Envolvi, envolvi e envolvi de novo, sem pensar que tudo o que perdi foi por estar ali.
Menti para mim, fugi, subi e perdi. Na ilusão que fui imperatiz, rompi.
Ainda assim ganhei o que desejei. No orgulho que despejei só a ti guardei. Paço a paço, aproximas, agarras, tocas, sentes, sem receares que pouco a pouco me canses.
Poucas das cores caidas sobre o ‘tapete’ sem odor: vestigios da noite; sobre um brilho intenso quase como uma cumplicidade enganada: vestigios do tempo; cada toque, movimento, sentido: vestigios de cada um de nós.
Mas com as mãos atadas, com uma visão distorcida, quis falar. Mas fui agarrada, trancada e salva. Soltei o que menos fiz e carrego a (des)ilusão que não quis.
Carência: elvavas-me, seguravas-me e eu superava-me! Eras o mais certo e eu a menos correcta. Mas até a ti te vi partir. E só ai corri atrás do atacador que num nó pouco ri.
Aí? Foste o porto seguro, um centro futuro. Mesmo calado: fizeste-me ouvir tudo o que precisei de sentir, fizeste credivel a força que até ele necessitou.
Tão pouco experiente e inocente, caminhamos degrau a degrau para o chão onde me desfiz. Soamos timtim por timtim a beleza que sempre quis. eu por ali e tu por aqui, percebemos que nem sempre tudo é feliz e riscamos o respeito do nosso peito.
As cores perdidas sobre o "tapete" com sabor: vestigios da noite; sobre um vestigio intenso de olhar perdido: vestigios do tempo; cada som, cada abraço, cada pecado: vestigios de cada um de nós.


Sussurramos que mais uma vez foi ali que me prendi, pois é sem dúvida o "nosso" perdiz – e provamos O sabor do pecado


(Agosto de 2008)

quarta-feira, junho 24

Distância II

Já não é a primeira vez que me encosto a uma parede, caiu no chão, e pergunto por ti (?)
Não vai ser a última que vou desejar que estivesses ali só para poder cair mais tranquila, pois sei que mais do que ninguém tu suavizavas a minha queda, para que não viesse a sentir tanta dor, e logo depois, mostrar-me-ias a realidade, sem mentiras mas com um certo cuidado. Levar-me-ias de novo à porta certa, e acompanhar-me-ias, sempre com um pé atrás, para não desistir, mas sempre com o outro à frente, para não me enganar. Sem tirar o sorriso dos lábios, embora a tua vontade fosse gritar, chorar, bater, e tudo o mais, tu não o tirarias para que eu não deixasse de acreditar, mais do que isso: para eu “aprender de novo” a sorrir.
Sim, é esta a maior barreira entre nós: a distância. É a vontade que vêm com a necessidade de te abraçar, e acompanhar cada caminho, limpar uma lágrima, e dizer uma palavra certa. Embora eu saiba, que estás sempre presente em cada gesto, ou atitude que tomo, eu sei que estaríamos bem mais perto, se não fosse o mar (real) que nos separa. Embora nós, sempre tenhamos conseguido separar tudo isso.
Mas têm vezes, que é mais forte que a realidade, pois tudo o que “sentimos é a maior ponte entre nós”.
Por ti, eu faço tudo, tudo o que tenho feito e ainda mais o que não posso. Mostrar-te-ei tudo o que te faça sorrir, sempre em torno dos teus sonhos, objectivos e fazeres. E sempre que pensarem em fugir deles, eu voltarei a ir buscar o teu ser mais forte, direi o que precisares de ouvir, e ainda mais a verdade, mas sempre acompanhada por um sorriso. Pois, tu já fizeste um milhão de coisas por mim, para o qual não tenho um “obrigada” tão grande. E eu, não vou desistir de fazer o melhor por ti.
E quando te sentires perdida, não precisas de me procurar para te ajudar, basta pores uma mão no teu peito, no lado esquerdo, e eu vou lá estar, para te apoiar, para saberes o que penso, e levar-te ao mais acertado.

“Agora encosto a cabeça na almofada e fecho os olhos, não te sinto ao meu lado, mas a tua presença é inquestionável” :$

Mais uma vez te o digo, eu confio-te o meu sorriso em todo o tempo (L)


(Para Aninhas, algures por Junho(s) de 2008)

terça-feira, junho 23

Distância I


Quantas vezes eu não te senti à minha frente, nem a metros, mesmo perto de centímetros. Tantas vezes eu não te olhei e disse "está cada vez mais bonita" e senti um aperto, quase como uma angústia não ter a oportunidade de te acompanhar no período mais complicado mas mais bonito de todos: a adolescência.
E outras tantas, quantas vezes não te imaginei aqui ao meu lado, imaginei longas conversas, entre grandes conselhos e coragens, tantas assim, que muitas vezes acabei por sorrir sozinha que nem tontinha, tudo por ti.
Quantas vezes não me sentei no chão de um canto e comecei a falar como se ali estivesses e tivesse a partilhar contigo mais um dia contigo, como se trocássemos importantes opiniões de vida, coisas futuras.
E depois, quando chegou aquela parte em que num abraço confortante nos envolvíamos, não te sentia, quanto mais te apertava mais me escapava a imaginação e mais me fugias na ilusão.
Ainda corri atrás de ti, mas apenas um vulto ficou. Preferi acreditar que tinhas fugido por qualquer outro motivo do que acreditar que o maior deles todos é a tua "ausência corporal". Não quis pôr em hipótese que tudo o que idealizei é a causa da tua "ausência".
Encontro-me então, aqui do meu lado esquerdo, a tentar abrir o coração para te tocar na mão, a ouvir vagamente a tua voz a cantar comigo a música que foi feita para nós.
As lágrimas vão caindo, uma por uma, como sem controlo, estavas tão perto. E o que nos uniu pode não ter sido o mais bonito, pode não ter sido a melhor causa, mas sem dúvida que foi a MELHOR dos últimos tempos. wft, só te queria aqui.
Estás longe, mas sempre perto, perto do coração. Aliás, nós aguentamos, nós superamos, pois "estás comigo e vais comigo até ao fim". não me abandones agora neste sonho, estou demasiado "envolvida", pois podes 'escapar-me' diariamente, mas eu confio-te o meu sorriso em todo o tempo.

(Para Aninhas, em Dezembro de 2007)

sábado, junho 20

Sabes?

Sabes o que é que começa e não acaba? Aquilo que me une cada vez mais a ti.
Que ninguém pode mudar/acabar/destruir ou quebrar. Aquilo que nunca ninguém consegue/vai conseguir impedir.
É aquilo que pode passar uma nuvem negra, podem chover canivetes, facas, ciganos, meninas de claque/colégios, jogadores de rugby vai quebrar.
É o que é verdadeiramente incalculável/igualitário/incontável/equivalente ou destrutivo. Pois existe algum número para dar valor à eternidade? NÃO. Logo, ninguém tem paciência para contar os pedaços da nossa união. E mais ainda, ninguém é suficientemente capaz de sentir dia por dia a nossa junção, só nós sentimos.
Então, tu sabes o que é que é para sempre? Sabes? Sabes? NÓS MEU AMOR @ é a nossa relação, é eterna. Melhor, nós vamos estar muito mais tempo juntos do que a eternidade construída por nós, pois tudo isto é imortal.
Somos mais fortes/firmes que um cadeado fechado a sete chaves, que um portão acorrentado e do que uma porta trancada em seis fechaduras.
Ainda, superamos bem mais do que pensamos, desde vinte mil mãos dadas, quarenta tijolos todos uns por cima dos outros, e até, somos mais fortes, que a maneira como o fogo se dispersa numa floresta em tempo de secas. Pois, nós superamos barreiras, construímos muros e ultrapassamos 'pessoas'.
E no meio disto tudo, o nosso sentimento consegue ser “visível a um cego”, “ouvido por um surdo”, “gostoso a um sem saliva/paladar”, “cheiroso a um sem cheiro/constipado”, até "falado por um mudo", mas mais do que isso, é “sentido por insensíveis”
Mas além de tudo isto, ainda fazemos gestos à nossa vontade, fragilizando para depois reconstruir: gritamos, choramos e berramos, mas tudo para mostrar que estamos ali, disponíveis, um ao lado do outro. Tudo para marcar a nossa presença.
E enrolamo-nos assim, entre os lençóis da compaixão, os cobertores de carinhos, e os edredões de respeito mútuo e o calor do nosso desejo, do nosso prazer.
E sabes que mais? Isto é para durar, para não terminar, pois é para sempre, porque "nóis é um só",
e tu és tudo aquilo com que quero viver.
Sabes? Ainda temos um lindo percurso (juntos) pela frente...


(Um “desenquadrado” da sucessão – 13 meses, Dezembro de 2007 -
Depois do texto publicado: “feelings”)



* Sabes?
Todas as palavras que,
( te) dirijo,
fazem sentido,
melhor VOLTAM a fazê-lo…

sábado, junho 13

Bagagens de amor

Não queria mais nada! Queria só que tudo se mantivesse assim: sem receios, sem hipóteses, sem suposições, assim só.
Falamos que não temos dúvidas, que confiamos, que acreditamos, que está tudo superado. Mas chega a hora, e o medo é sempre o mesmo - volta a negra memoria da derradeira hera, as reservas, a falta de comunicação, o triste sabor do pecado.
Não devia ser assim, eu sei. Mas também tenho noção que eram precisas mais sete heras iguais para a vontade não ser desconfiar, perguntar pela inexistência do nosso estar.
Eu sei bem, que é nesta altura que tremes por todos os lados, sonhas acordado mas finges não estar preocupado.
Não quero que guardes um balão de confusão para ti mas também não quero que bombardeies. Apenas, que confies que mudou, apenas.
Já te prometi que não volto a desapontar, e quero que acordes a pensar nisto, não sobressaltado, a perguntar “onde está ela agora?” – pensa comigo, achas que me arriscaria a perder tudo mais uma vez? Foi tão difícil muitas vezes, não virar as costas a tua mágoa, à tua ferida, e ir pelo caminho mais fácil, desistir de tudo o que fomos.
No entanto, eu permaneci, arranquei-te cada espinho de dor, adaptando-me ás tuas novas “exigências”. Mas também tenho consciência que o único que permaneceu só pode ser arrancado quando eu voltar e disser “estou aqui, pura e sem loucura”. Como sempre tive, embora menos nítida no passado, eu estou sempre perto de ti. Porque agora, mesmo a distância de um telefonema, não chega para desconfiar de novo das minhas certezas, para (des)acreditar que toda a magia que nos envolveu é conta do nosso sempre.
Já te tenho como objectivo, pois lentamente, apercebo-me que o que me resta é ficção, e tu estás longe de ser o “capricho”. Afinal, foste tu que me aventuraste a não reprimir de (re)conquistar tudo o que andava a perder.
Numa imensidão de amargura, tornaste-me vulnerável, mas tomaste conta de mim até eu saber quem era e acordar de um verão. Não me largaste da mão, mas foi como se me matasses. Era ingénua demais para conhecer a nova geração. Mas tu, sempre tu, mostraste-me em que consistia a mesma união. E mesmo inspirado na mesma revolta, tu não me deixaste cair, só não me fizeste rir quando me mostraste que o meu reinado tinha chegado ao fim. Nunca te afastas-te demasiado, só me levaste a conhecer de perto a dor e a querer o amor.
Agora estou aqui, tudo o que nos resta é a vontade de actuar no presente. O depois é pouco explicito mas só a nós é permitido agarrá-lo com garra, e cuidá-lo para não se desfalecer. Portanto, a vida é nossa, e num olhar eu mostro-te tudo, bem mais que numa cerca de palavras.

De bagagem ás costas, só me resta perguntar-te “estás disposto a continuar?!” – EU NÃO VOLTO A DEIXAR(-TE) IR.

(quando fizemos 19 meses, Junho de 2008)





* Releio(-nos) e publico(-te)...
Curiosamente,
épocas parecidas com tempos semelhantes!
As perguntas coincidem presentemente…

quinta-feira, junho 11

meu amor,


as palavras já não chegam, meu amor
apenas os gestos que criamos chegam
para nos movimentar para o amanhã do depois

construímos tudo menos o silêncio,
construímos o sol no brilho dos olhos,
construímos a força nas mãos dos abraços,
construímos as almas no amor puro
entre lençóis que nos enrolam até de manhã

meto as mãos por entre o coração
e encontro as letras do teu nome
ainda temos tantos sois para ver
ainda tenho tanto para te dar
ainda temos tanto que nos fazer perceber

tu mostras-me que a felicidade é eterna,
e isso assusta-me,
assusta-me porque tudo morre
mas tu fazes-me acreditar que aqui é diferente,
porque mostras-me que ao teu lado
todos os sonhos ressuscitam

as palavras já não chegam, meu amor
toda as gentes se movimentam quando grito por ti
o sal das lágrimas preenchem-me quando falo em nós
os nossos dedos prendem-se um a um,
nem dá para fugir

as palavras já não chegam, meu amor,
o relógio não para,
tal e qual como nós continuamos
ainda temos tanto a fazer para continuar
o passado lá ficou,
e a firmeza da palavra "amor",
não nos deixou

e já te disse: ainda temos muito para dar



(Abril de 2008, 17 meses)

“Amo-te” – disseste-me tu,
(mas) recentemente
Com tanto passado e presente baralhados,
em vacilação me metes…

Desafios I

1º desafio,
Consite em:
- Colocar o selo no blog;
- Divulgar as regras;
- Confessar 5 coisas que gosto de fazer;
- Indicar 10 blogs a quem envio o convite e informar cada um dos blogs.


Gosto de: (1) escrever, (2) música, (3) cantar, (4) psciologiia, (5) lavar os dentes :)

As cores predominantes são o dourado e o azul. O seu significado é o seguinte: Dourado: está associado ao ouro, à riqueza, à grandisiodade e sabedoria; Azul: é a cor do ceu, está associada à paz, tranquilidade, imensidã e frescura.


2º desafio,

Um Questionário Bastante Giro (que a Rute e a Ann me colocaram):
1.
What is you current obsesson?
2. What is your weirdest obsession?
Puxar o cabelo para o lado e dar um toque estranho em situações de embaraço.
3. What do you see outside your window? Árvores, prédios e mais prédios, carros e mais carros.
4. What is your favourite colour?
Branco, preto e roxo.
5.
What is your weakness?
(1) BRAAAA! Gritarem comigo. (2) Não me podem tocar no meu gémeo, na perna.
6. What animal would you be? Mémé.
7.
What would you like to learn how to do? Dançar.
8. What do you want to never happen in life? Perder a noção de "amizade".
9. What's on your bedside table? Candeeiro, um relógio, um peluche, três molduras com fotografias.

10. What's the last thing you bought? Um vestido preto lindoo (ontem ^^)
11. What do you think about the person who tagged you?
Bem, começo por falar na Rute. Não a conheço pessoalmente, aliás nem a ela, nem à Anne, de quem vou (ou ia) falar a seguir. Mas isto serve para ambos os casos, além de escreverem muito bem, parecem duas pessoas super lindas por dentro, cada uma à sua maneira :)
12. What was your favorite childrens book? Era um livro da Mafalda *.*
13. Who do you want to meet in person? Toda a banca de Vampire Wekeend.
14. What did you want to be as a child? Bailarina.´
15. What did you dream about last night? Acredito que possa ter sonhado, mas sinceramente não me lembro, coisa que não é rara...

16. Which do you prefer, day or night? Day and night. I like the day because I love the sun and enjoy the night bescause I love the moon.
17. What's your favourite piece of clothing in your closet? Gosto de todas, mas em especial os meus vestidos ^^
18. What's your plan for tomorrow? Aula de revisões de MACS, estudar, estudar e estudar...
19. What would you like to get your hands on right now? The past...
20. What is your must have of the moment? Mp3
21. What's your favourite tea flavour? Chá verde e de camomila.

22. If you could go anywhere is the world right now, where would you go?
Madagáscar, Aústria, Índia, Jamaica, EUA.


10 (+1) blogs:
Ann,
Bianca Nogueira,
Daisy Maria,
Jessica,
P’,
Pêjotinha’,
Sara Pereira,
Palavra Rebelde,
Rute’,
‘stracci,
Ti em Mim,

domingo, junho 7

Stay (a little more)


Do fundo do teu “oceano”, emergias a mágoa da dor, pois viste o teu sonho a ser broto por um outro. Olhas à volta e estás por dentro de um poço, e aí desejas ser protagonista de um outro conto. Mas com a perda dos sentidos, permaneceste sem castigo, como se soubesses que iria estar contigo. Sem condição mas com o coração, fizeste-me escutar a tua música mesmo estando calado, fizeste-me conhecer o teu corpo mesmo estando parado. Trocas-me as vontades, e fizeste as tuas cordas vocais vibrarem até o timbre da tua voz engolir o nó da marca que ela te deixou, e assim, todo o mundo escutou que a minha respiração era a tua inspiração. Mas no meio de tantas letras já não sei o que disse e o que se ficou pelo que não disse. Apenas prometemos que é para sempre mesmo que o tempo o corte rente. E foi aí que entendi que eras tu, o que a vida tinha prometido que era para mim, e fui devagarinho procurar-te, com medo de já não encontrar(-te).
Apenas não vás já (L)


(16 meses – Março de 2008)


* Descobrirás sozinho,
Que não são eles que te "pagarão",
O (em) amor…
Este ninguém te o dará,
Senão eu…

Feelings

Nunca senti nada parecido, muito menos semelhante, por ninguém, como o que sinto por ti. É estranho, mas bom. Torna-se confortante. Não te posso mostrar como me sinto cada vez que me dás um beijinho na testa e dizes “eu confio em ti”. Não te consigo fazer ver como me fazes corar cada vez que dizes “é para sempre”. Não posso igualar este sentimento a palavras, só te posso fazer senti-lo. Pois, cada dia que não estou contigo tarda em passar, é tempo perdido. Mas cada vez que te sinto comigo, cada vez que te olho, eu temo ser incompleta para ti, eu tremo em medo de falhar. Mas num abraço tu reflectes a confiança, como se me dissesses “és perfeita, fazes-me tão bem”. Aliás tu fazes tudo bem. Cada vez que te vejo chegar eu até pulo, pois sei que em poucos minutos tu estarás aqui, para me proporcionares mais magia e ensinares um outro dia. A minha barriga até faz “roing-roing” só de saber que estou diante de ti e o meu coração acelera tanto que sai fora. As minhas pernas perdem o controlo e não param de tremer, devido ao teu deslumbramento humano, à tua pessoa. Os meus olhos brilham em alegria devido ao fascínio, o fascínio que o teu corpo lhes transmite. As minhas mãos até soam do prazer que me dás ao “mostrares-me” o que é a vida. Só eu sei o que sinto @

(
Dezembro de 2008, 13 meses)

* Os tempos no presente,
assustam-me...
Voltar a ter-te,
arrepia-me...
Estaremos nós,
a envolver-nos no envolvido?

quarta-feira, junho 3

Pudor do verão

deitada em grãos de areia e perdida em sacos de desejos, sobre um luar pouco banal, era a chuva de estrelas, tinha começado o nosso verãozão. entre experiências e confissões, muitas emoções, entre tendas e casinhas, rolotes de amiguinhos, conversas e batidinhas, um bocadinho p'ro alegrezinhos, o nosso grupão faz um ocupão. numa rodinha, grupinhos se fazem, e entre coros e paleios, entre mentiras e um insistir danado, com uma perspectiva destroçada da realidade e entre mexericos e mexicanos, umas mentiras se contam, umas mentiras se dizem. sem mais que fazer, espalhando de boca em boca, a fama se faz, a mentira se cria. mas perdidas em microfones, cantorias, iludidas pelo paraíso, nem se apercebem que os mexericos são relativamente a elas, a elas e a uma noite de horror, continuam, continuam gritando e não cantado, em cima do palco com o show já quase feito, entre quinze a vinte, sobre um nevoeiro que se formara, era mais o instrumental que o nanana da música. com desatinos e atrofios, com a melhor sorte para a fama, beijinhos da amizade já tinham sido trocados. e o destino já pregado e destacado, estava marcado, envolvera agora as rainhas, entre a ânsia de vontade de doces pecados. nas mistelas dos sonhos e nas mentiras de palhaços, perdidas caíram em bolhinhas de vontade, por entre a espuma e o esfregão, esfregaram tanto que ficaram com o bastão. entre o querer e querer muito, nada fica, os olhares mais cúmplices tornaram-se mais apetecíveis e estava já tudo programado, e entre um ou outro envolvente toque de mão, levara agora ao querer do coração, o impossível era dizer que não. depois de uma ou outra confusão, um gritão e um puxão, por um favor se reanimaram, não os sete, mas um dos sete pecados da perdição. envolventes pela noite, cobertos pela lua, sobre o efeito do esfregão, depois de um conversão, que levara ao suor do perdão. a conquista de mais uma ele já a tinha conseguido, não havia espaço para não mais querer, para não mais dizer. e um desejo de caminhar do frio ao quente, juntara, duas almas, entre lençóis de mentiras, cobertos de suor perdido e entrelaçados neles, enrolaram-se os dois, quase como montados, e ensonados, depois de um toque corporal intenso, quase sem remexer, adormeceram assim. e quando a noite fugiu do dia, nasceu um novo destino, e um último toque se fez notar, suave para não criar uma ilusão ou para não quebrar a perfeição, são uma ou duas questões que sempre ficarão. em frias noites de verão, em frias águas de sabão, em mágoas, revoltas e dores, um chegar e atirar se pôs. o azul incolor, ficara agora laranja e amarelo, e em mistelas de ilusões de cores de balões, o tempo passava e dia por dia, as bolinhas feitas em noites de rainhas, começavam a fazer contagem decrescente para rebentarem, reflectindo nelas, carinhas com a necessidade de envolver ciúmes e birrinhas parvinhas. entre amigos e amigas, coros e coroas, os dias iam passando e a vontade de ir ia trespassando. cegas e sem sentidos, sem perceber, deixavam-nos entrar e sair, e eles, sem entender porquê e como, tanto as tinham perto como se voltavam a desaparecer. mas jovens, sem capacidades, quase como desconhecidas, envolveram-se numa rua perdida de difícil retorno, quase como apaixonadas e comprometidas, disfarçadas como bem servidas, já se apercebiam de onde se cruzavam, e sabedoras mas pouco inteligentes, fecharam as portas e destacaram importância a uns que só queriam umas quaisqueres. e numa de se vingarem em si, um por aqui e outro por ali, o calorzinho da noite fria, já subia à garganta. danças e mestranças, uma exaltação de perdição, tornara possível uma nova oportunidade, um novo ideal. incapaz mas tentada, após um contar das estrelas, esse mesmo número de estrelas e com a ajuda da lua criou uma ligeira barreira entre ambos, que a fez gritar um não na solidão. perdida e mais tarde achada na escuridão por ti, eu sei, que estavas longe de algum dia seres a minha consciência de lucidez. e agora cobertas por inveja e pudor, e como ela o diz, da pouca iludida ilusão, e com mais uns quantos mantos de nojice sobre os nossos ombros e um papo na garganta bem seco, eles permaneceram, sem mais para receber e tanto por dar. as bolhinhas teimarão em fazer rebentar-se todas umas a seguir ás outras, mesmo à frente dos nossos narizes, talvez porque as tentamos apanhar e guardar no bolso, não sei. novos horizontes se construíram, e destacaram-se novas pessoas, mas a cicatriz que as cegara permanecera. e sabendo a história de cor, a história que não se deixava morrer apenas adormecer, já a nossa conhecida, tanto eu, tu, como eles, era sempre igual: a lua era sempre o mesmo pecado, o da ânsia, da vontade, porque a noite nunca os separara, apenas os unira. e após caminhos diferentes, estradas correntes de crescimento, estavam sempre longe mas sempre juntos, seguiam lados opostos mas encruzilhavam-se sempre na mesma saída, a lua sempre os tramara. mas açucaradas e meias aparvalhadas, mostrando o seu melhor, com vontade de ajudar, perderam-se na caixa do doce amargo sabor do açúcar. envolvendo crianças, discursaram sobre os erros que eles próprios já tinham cometido, falaram para lá das desilusões, das trocas e o sentir na pele o que uma vez e outra já fizeram. ressentidas e com mania, sem esperar, sem dependência, seguimos viagem até ás brisas do mar. e entre o vento de dor e saudade do amor, cantando com dor, iludidas por pudores de noites de amor, adormeceram mesmo ali, sobre as estrelas entre grãos de areia e o cheiro do mar. o mar, as ondas do mar, era como te descrevia, não só a ti, mas a ele, secalhar até mesmo a nós, era tão idêntico, nunca parados no mesmo sitio, tal e qual como as ondas, vão e vêm, tal e qual como as ondas. mas torrõezinhos de açúcar, com o coração que não disparava, avisadas e relembradas, envenenadas e baralhadas, nem uma pancada maior as despertava. interrogadas e convidadas era barras atrás de barras, eram enganadas. uma na esperança e outra molhada, por uma valente ilusão de jacto de água, ainda abananadas, sabíamos o que nos contavam e não nos importávamos. porque apesar de tanta perdição, sempre se convenceram e repetiram tantas vezes quanto preciso, que: não queriam mais do que já tinham dado, queriam apenas o que tinham para dar, queriam somente o que eles, ensinaram que elas iam ter. chocando e concordando, em vez de rasgarem as vendas, descoseram apenas um bocadinho, fizeram somente um furinho. todos repetiam e diziam que aprenderiam mais com quaisqueres outros que com os próprios, e sabendo e mais lúcidas, iam abrindo um olho de cada vez, mas já iam tarde, tarde para se desfazerem das bolhinhas que guardaram no bolso e pensaram que tinham rebentado, estas, agora pareciam aumentar. e por mais aventuras, entre lágrimas e abraços envolventes, um esquecimento teimava em não aparecer, parecia um entardecer de tudo. e o mal dito orgulho e teimosia, que se faziam notar quando menos deviam e que era difícil de travar, fazia piorar e deixar a vontade ficar. cobertas de respeito, respeito que esperavam e criavam, respeito pelos dois, as tentações eram guardadas e as explicações eram inegáveis, quase como o inevitável. entre trovoadas, chuvas e relâmpagos, o medo apoderou-se, cobertas de lama de alegrias e tristezas, que tanto as faziam rir como chorar, o fim do paraíso estava destinado a acontecer, arrecadavam a câmara e tiravam a saudade. entre trocas e promessas, juras perdidas, a noite da independência conquistamos. entre vitórias e cerimonias, o canto do último dia surgira. confissões fizemos, orgulhos mostramos, na última volta por tudo aquilo que nos fizera tornar mais forte, tudo o que aprendemos. e rindo a chorar, cantar para disfarçar, sentido pedrinhas no meio de confusões e malandrices, o cheiro do ‘sabor’ do vinagre, possibilitara um novo rumo, uma diferença. depois de atribulações, nojices e perdizes, a concretização de uma noite de desejo ainda agora começara. e entre lençóis de mentira e mantos de pecados, o suor da verdade escorre. pois um envolvente toque de mão, levara ao grito da paixão e perdição, que por baixo da lua, com o desejo da vontade, concretizara a junção da transparência de dois corpos em ânsia, sem tirar nem pôr. era quase como inevitável, era quase como planeado, impossível de se resistir. e de novo, a mesma lua que os acompanhara, a mesma lua que os separara. pois, a lua é sempre o pecado da paixão de verão. e foi já de dia, com a luminosidade do sabor, em que um último toque se deu, uma última volta aconteceu, um ultimo beijo se trocou. elas seguiram e eles ficaram. sem espaço para arrependimento, por uma estrada sem sabor e sem desamores seguiram, tornaram marcante e apaixonante o verão sem pudores. entre um circular de sentimentos, um sonho de sabão, uma perdição de ilusão, uma impressão de bastão, tudo contou e tornou o paraíso nisso mesmo. E com convicção se acentuou e gritou: O MELHOR VERÃO. e foi, sorrindo e com os olhos brilhantes que largaram as malas e bagagens no chão do coração, pois num encontro à realidade, já estavam na turbulência da cidade, sem o sinto de segurança, tornando tudo isto apenas imortal, não esquecemos só adormecemos. mas ainda assim, não fazendo planos para o futuro, quem sabe, um dia, no mesmo sitio, não possamos voltar a sentir a mão mais quente por a tua ter pousado por cima, quem sabe não estejamos novamente entre os grãos de areia a cantar que nem doidos, quem sabe não estejamos outra vez repletos de suor do pecado, quem sabe não estejamos juntos todos novamente, ninguém sabe.

(Agosto de 2007)


escrever por escrever,
por entender,
(em pausas de ti..)