terça-feira, abril 6

Verbo querer

Quero que conjugues o verbo querer em nós; pedes-me.Eu quero; Tu queres; Ele quer; Nós queremos; Vós quereis; Eles querem – soletro eu, sem objectivo. Só porque sim; só por querer(es).
Após sorrires com os olhos a satisfação de uma obstinação; perguntas-me em que conjugação gosto mais de ver o verbo querer escrito.

Para mim e para os meus botões; penso de como gosto de ver o verbo querer conjugado na primeira pessoa do plural – nós. E cá te digo, de preferência no presente. Melhor, para ser sincera, gostava de nos conjugar no futuro, e lembrar-nos no passado.
Mas assumir-me nestas palavras era deixar-te ganhar, em permitir que ouvisses as “confissões de uma miúda que qualquer coisa por ti”.
Assim desprezo, o “Vós quereis” porque poderias não perceber o requinto da palavras; e o “Eles querem” porque não gosto do impessoal que assume.
Centro-me em mim e no particular – “Eu quero”; Revelar-te seria catastrófico. Era admitir-me e cair. Era deixar que me descobrisses, era dizer-te qual é o meu ponto fraco.

Mas na verdade, fui sempre eu que te quis. Procurei-te fosse verão ou inverno. Mas o teu desprezo ou indiferença, como lhe queiras chamar, respondia por ti. Optavas pelo silêncio.
Fazes uma expressão de quem já desespera por esperar, e vejo que já enrolei.
Será que me fiz ouvir para lá dos meus botões?!
“Tu queres” – digo apressada e meia corada; Já estou é a balançar no sonho e na verdade.
“Eu quero-te” – dizes tu, agradado com a resposta. Mas ainda tomas a ousadia de te completar em disparates: dizes que me queres nos dias pares e nos dias ímpares, para a manhã a tarde e a noite e para quando faz frio e sol também.“
Sim, sim” – não controlo as palavras. Deves querer-me a mim e a duzentas daqui e dali. Deves querer-me como me querias nas promessas do outro dia. Deves querer a tempo curto e temporário.
Estás com um ar zangado; Volto a peregrinar as palavras, mas não controlo a força de como me caiem-me pela boca.
“Além da Mafalda que és tu, só quero a minha mãe.” – repetes persistente.Tento não me render a estas palavras; Mas na verdade, eu quero-te.
Perguntas-me em que termos. Portanto, calculo que as minhas feições falaram por mim.
“Quero-te – a tempo continuo; não por pré-períodos. Quero que não desistas de mim, seja lá por que motivo for. Continua e longa, se não for pedir muito.
“Adoro tudo o que escreves. É demais.” - exprimes-te, após a minha declaração!

E eu adoro escrever! E escrevo; Rascunhos de vida. Mas deposito-lhes fé. Mas nestas palavras não consigo depositar. O optimismo não acompanha o “nós”.
Impregnas as minhas palavras; Culpas-te pela minha falta de optimismo. E prometes que me provarás qualquer coisa. De como o verbo querer numa só pessoa é incompleto; São precisos dois, um plural.
Mas pedes-me falta de credibilidade no passado, e quando ele é chão do meu espelho, eu não o posso fazer. Só aguardar sinais.
(Olha, não era mais bonito ver-mos o verbo querer, conjugado no tempo presente da primeira pessoa do plural?!)

quinta-feira, abril 1

Stop

«Chega de amuos parvos que nos fazem perder tempo!»


Ainda para mais, estamos na Primavera,
boa juventude:)