“Ontem” as memórias seguiram-me, mas hoje (eu) sigo as memórias. Digo memórias, porque não passamos disso; de meras remanescíeis digitalizadas.
Digitalizados como fotografias; e agora fotografias peculiares. Somos parte do olho; somos retina e responsáveis pelo sentido da visão. Projectámos imagens e agora retemos “cópias”.
Hoje sinto-me pequena e sigo as lembranças. Mas sou pequena e contrasto com a tua imagem; tu és grande e corajoso. Tens altura em corpo e em espírito.
Tu tens a coragem que eu não tenho…ou tinhas. Porque agora foges(-me). Será que estou a confundir coragem com medos? Será que agora é que tens o ânimo?! O ânimo para me fugires não por não seres corajoso, mas por teres a coragem de o fazer. O que és tu e o que tens, afinal?
Já não sei se és grande ou se és pequeno como eu. Ou serei eu maior e tu menor que eu? Já não sei que tamanho é o teu. Julgo, que já não sei o que te enche o coração, se já nem conheço a palma da tua mão.
Tu que eras verde na esperança e vermelho na paixão és agora preto e branco nas memórias; Tu que me tinhas devolvido as sensações roubas(-me) agora as emoções; Tu que me aceitavas com os tempos conjugados ao contrário julgas-me agora pelos “meios”.
Meios termos e menos sentimentos. Mais períodos e meios tempo. Menos coração e mais afastamento.
O que te fizeram ao coração? O que me fez o tempo? Coração e tempo. Para onde fugiu o teu tempo? Onde deixei eu o meu perdido coração? Onde “deixamos” o coração quando ele precisou de uma mão? Coração e mão. Onde está a tua mão que me agarrava o coração? Onde perdi eu a (minha) mão que segurava a tua mão, que me segurava o coração? Onde e em que tempo deixamos a mão? Mão e tempo. Onde ficou o nosso tempo?
Hoje não são as memórias que me seguem, mas sou eu que as sigo. Não por medo de as esquecer, mas por receio de as perder. E hoje é o tempo das (nossas) memórias.
Memórias a preto e branco, memórias de cores perdidas. Hoje tens a cor de uma sombra; a sombra do que já foste, a sombra do que éramos. E agora, és a sombra, do que nunca serás!
Mas de que me servem as palavras se o coração está morto?! Para sempre… Porque «desta vez é para sempre».Hoje és o meu mar de memória, a memória do baú que escolhi. E eu sigo-a.
Digitalizados como fotografias; e agora fotografias peculiares. Somos parte do olho; somos retina e responsáveis pelo sentido da visão. Projectámos imagens e agora retemos “cópias”.
Hoje sinto-me pequena e sigo as lembranças. Mas sou pequena e contrasto com a tua imagem; tu és grande e corajoso. Tens altura em corpo e em espírito.
Tu tens a coragem que eu não tenho…ou tinhas. Porque agora foges(-me). Será que estou a confundir coragem com medos? Será que agora é que tens o ânimo?! O ânimo para me fugires não por não seres corajoso, mas por teres a coragem de o fazer. O que és tu e o que tens, afinal?
Já não sei se és grande ou se és pequeno como eu. Ou serei eu maior e tu menor que eu? Já não sei que tamanho é o teu. Julgo, que já não sei o que te enche o coração, se já nem conheço a palma da tua mão.
Tu que eras verde na esperança e vermelho na paixão és agora preto e branco nas memórias; Tu que me tinhas devolvido as sensações roubas(-me) agora as emoções; Tu que me aceitavas com os tempos conjugados ao contrário julgas-me agora pelos “meios”.
Meios termos e menos sentimentos. Mais períodos e meios tempo. Menos coração e mais afastamento.
O que te fizeram ao coração? O que me fez o tempo? Coração e tempo. Para onde fugiu o teu tempo? Onde deixei eu o meu perdido coração? Onde “deixamos” o coração quando ele precisou de uma mão? Coração e mão. Onde está a tua mão que me agarrava o coração? Onde perdi eu a (minha) mão que segurava a tua mão, que me segurava o coração? Onde e em que tempo deixamos a mão? Mão e tempo. Onde ficou o nosso tempo?
Hoje não são as memórias que me seguem, mas sou eu que as sigo. Não por medo de as esquecer, mas por receio de as perder. E hoje é o tempo das (nossas) memórias.
Memórias a preto e branco, memórias de cores perdidas. Hoje tens a cor de uma sombra; a sombra do que já foste, a sombra do que éramos. E agora, és a sombra, do que nunca serás!
Mas de que me servem as palavras se o coração está morto?! Para sempre… Porque «desta vez é para sempre».Hoje és o meu mar de memória, a memória do baú que escolhi. E eu sigo-a.
«A partir de hoje disse para mim mesmo que não ouvirás o meu nome». É difícil, pois quando abro a janela, a lua mostra-me as estrelas, e as estrelas és tu. O teu nome é desenhado.
* Conexão com um texto escrito anterirormente: Hoje as memórias seguem-me: http://doce-amargo-sabor-do-pecado.blogspot.com/2009/08/hoje-as-memorias-seguem-me.html
* Conexão com um texto escrito anterirormente: Hoje as memórias seguem-me: http://doce-amargo-sabor-do-pecado.blogspot.com/2009/08/hoje-as-memorias-seguem-me.html
gostei :)
ResponderEliminarMuito obrigada :$
ResponderEliminargostei muito.
Boa analise, memorias seguirem-nos ou nos seguirmos-as. Adorei cada conexão.
ResponderEliminar« Já não sei que tamanho é o teu. Julgo, que já não sei o que te enche o coração, se já nem conheço a palma da tua mão. » dói não conhecer o que outrora conheciamos de olhos fechados.
ResponderEliminarque saudades Mafalda *
obrigada por deixares sempre um rasto de ti, no meu cantinho :)
tens toda a razão!
ResponderEliminaradorei o teu texto
os meus olhos vidraram-se não só pela beleza das tuas palavras mas tbm porque hoje (eu) não vejo memórias, vejo o presente a preto e branco.
ResponderEliminarPorque o teu tu a quem te referes talvez tenha o mesmo significado que o meu tu e então digo que tu continuas corajoso, maior que eu e decerto mais feliz. Mas estás esquecido
Que fofinha, obrigada mesmo! (:
ResponderEliminar«Hoje não são as memórias que me seguem, mas sou eu que as sigo. Não por medo de as esquecer, mas por receio de as perder.» , diz tudo mesmo!
Lindo blog!