Os meus olhos brilham – “Não posso sentir saduade”, penso!
Estou entregue ao futuro que chorei, que lutei, que desejei e tu nunca tinhas sido o meu motivo de escrita directa; eras uma potente forma de equilíbrio; o meu suspensório.
“Egoísta” penso. Entendeste-me a mão; deste-me as tuas pernas para seguir em frente; encontraste a minha alma; e agora?!
Agora não escutas, porque não te dou a conhecer que hoje as memórias seguem-me – estás na imagem que te findei e não restou nada, só medos.
Culpa-me! A mim ingrata e egoísta.
Tu: tu que me devolveste as sensações; me devolveste os dias menos negros; te entregaste com tudo o que podias dar; que realizaste os meus caprichos; tu que escreveste comigo uma nova história, tu – só tu!
Tu – que me aceitaste com o meu pretérito perfeito, com os tempos conjugados no passado, sem vontade de os findar, apenas transpô-los no presente.
Culpa-me! Culpa-me mais uma vez. A mim e aos meus medos – controlada, fui esquecendo toda a lógica de um possível re-envovlimento: a confiança!
Fui domada por mim, pelos meus medos, e somei ainda os teus. Tive vertigens em arriscar e fiquei parada, a ver as sensações caírem pela cascata das minhas indecisões.
A ti te chamaram de boneco, eu cá chamei-te de estrela: estiveste perto de mim, mas agora sei que irás para longe e deixarás as memórias comigo, para me atormentar, para sentir saudades. Eu sei que queres que (te) recorde!
És a primeira pessoa que nomeio de estrela - prometo que te mostrarei a minha gratidão, embora de forma oculta mas consistente: irei noite sim, noite não, ao encontro da estrela mais brilhante e chorar um pouco da minha saudade: não a saudade de afecto do “amor”, mas de um carinho amigo.
Amigo: chamo-te em segredo, melhor amigo. Tu conheces-me de todas as formas: nos dias bons, nos dias maus. Eu cá conheço-te em todos os feitios, melhor do que ninguém, assumo. E por isso, sei que desta forma nunca me vais querer, é sempre pouco para ti – é apenas meia dúzia, da dúzia que tu querias.
Culpa-me se te fizer sentir melhor – acho que posso já sentir o que me vais dizer: “A pessoa que me ensinou tudo o que sinto agora, deixou-me para trás. Como se não valesse de nada!”
Não te deixei – apoiei-me antes em todo o teu afecto para sonhar, e conseguir o que nunca te neguei nem ocultei.
Sei que preferirás não me ter de maneira nenhuma, do que na forma incompleta.
Memórias, hoje são só memórias – entre soluços, quero apagá-las do meu disco interno, lembrá-las apenas pelo externo; mas as memórias seguem-me.
Pedir-te para me lembrares com o coração era demais; era injusto!
Recorda-me; do jeito que quiseres.
Sabores
amargo sabor
(21)
apático sabor
(1)
doce sabor
(28)
esperançoso sabor
(4)
inconsciente sabor
(10)
mistos de sabores
(3)
moral da história em sabor
(6)
película de sabores
(1)
perigoso sabor
(12)
sabor da arte
(2)
sabor da inversão
(1)
sabor da perca
(2)
sabor das chamadas
(3)
sabor das épocas
(5)
sabor das hesitações
(1)
sabor das interpelações
(5)
sabor de afeição
(11)
sabor de amor
(28)
sabor de angústia
(7)
sabor de anos
(3)
sabor de desamparo
(1)
sabor de devaneio
(2)
sabor de éden
(3)
sabor de pecado
(3)
sabor de reminiscências
(2)
sabor do abalo
(5)
sabor do desamparo
(2)
sabor do tombar
(2)
sabor dos bilhetes
(3)
sabor dos grandes
(1)
saudoso sabor
(12)
Mafaldiinha :D
ResponderEliminartemos de saber enfrentar as memorias com um sorriso, de uma forma nostalgica positiva. foram o nosso passadoo e sao tao parte de nós =)
eu gosto de cair em recordaçoes e ficar por lá a navegar, cm uma boa banda sonora, sinto me como uma criança inocente. sorrio nao sei bem pqe, sinto me leve.
deves sempre saber recordar, e' sinal qe viveste e bem, mesmo qe o destino te tenha pregado partidas plo caminho =) *
E tudo o que fica... são as recordações!
ResponderEliminarTexto lindo =)
***
Lindo, absolutamente lindo...
ResponderEliminarEscreves tão bem... Continua sim?
Beijinho...
(há ja algum tempo que não vinha cá, mas não me esqueci)
gostei do texto.
ResponderEliminarDesculpa a invasão mas gostei dos teus posts.
está fantástico mafalda :)
ResponderEliminarbeijinho
um bom texto, força *
ResponderEliminarGostei tanto :)
ResponderEliminaro meu no teu: Memórias nunca conhecem o seu lugar e vivem a passear pela vida achando que são presente quando na verdade são marcas de um passado por vezes triste, por vezes bonito.
ResponderEliminaro teu no meu: É claro que entendi o teu comentário lá no meu blog, mas não concordo com isso de dizer que as mulheres não podem ser consideradas palhaças, que são só os homens. Por que não? Não vejo nenhuma conotação negativa no modo em que me coloquei como palhaça. Muito pelo contrário, sou palhaça por que faço rir e espalho felicidade com a minha absoluta bobagem. Espero que você também me entenda.
Beijos.
Está lindo, Mafafldinha. Lindo.
ResponderEliminarI miss you. Obrigada pelo apoio, sweetie. *
As memorias são das coisas mais traiçoeiras que temos. Recordamos coisas, mesmo quando não queremos, e quando queremos recordar acabamos por moldar a recordação para que pareça perfeita. Nem sempre é bom, e nem sempre faz bem .
ResponderEliminarBeijinho
Tudo o que é inevitável, um dia volta querida.
ResponderEliminarBeijinho
quando temos a certeza de que é verdade , nunca perdemos a vontade de lutar , não é ?
ResponderEliminaras tuas palavras fluem de uma maneira (...)
ResponderEliminarnao sei que responder , juro !
Muito obrigada pelos parabéns Mafalda querida! :D*
ResponderEliminarTenho andado muito ausente.
Beijinhos*
(Enganei-me no comentário anterior. *Mafaldinha)
ResponderEliminarPequenina, gosto de ti. Prometo que gosto. E vamos ter almoços, lanches, cafés e tudo. Já apoias, e ainda bem que te puseste no meu caminho. (ainda bem que Ele te pôs no meu caminho)
Beijo enormérrimo, my love.
a paixão que eu escrevo é magenta, não vermelha. eu acredito que cada um tem a sua cor mas precisa de ajuda de alguém (essa e só essa pessoa) para escrever na própria cor. a minha cor é o magenta, e preciso que ela me pinte de magenta. não por disfarce, mas para retornar à minha cor original :)
ResponderEliminarobrigado =)
=D ohh fico mt feliz em saber qe me segues de coraçao!
ResponderEliminarsim, isto deve ser só do nome ;)
realmente a unica coisa qe temos como certa na nossa vida e' o nosso passado. por mais qe me digam qe ha coisas qe devo esqecer, nao qero faze-lo. alimentam-me a alma. aquecem o coraçao qd me sinto abandonada. e inspiram-me, pra o qe eu mais amo fazer. e isso agradeço mto a pessoas que me marcaram. =)
muito obrigada pelo elogio ao poema :) **
Não te martirizes, Mafalda. Ainda que os textos com dor saibam melhor à leitura, quero dizer, cativem mais, talvez pela força que transmitem, não deve haver razão que justifique tal martirio, ainda que fingido. Mas também, uma coisa é certa, there are no fairytales..
ResponderEliminarEstou de volta, de vez x)
Um grande beijinho *
Está lindo *.*
ResponderEliminarTudo o que fica para trás são recordações, que o presente nos faz revolve - las e um pouco, e de um certo modo vive - las novamente (:
Escreves mesmo bem :')
Beijinhóós *
- que texto tão bonito +.+
ResponderEliminar* as memórias preenchem-nos o coração :)
,, Beijinhoos.
- que texto tão bonito +.+
ResponderEliminar* as memórias preenchem-nos o coração :)
,, Beijinhoos.