sábado, dezembro 4

Foste embora III

Foste embora e eu já não devia pensar nisto. Se na altura já devia estar preparada, agora já não me devia dizer nada. Nem isso me devia dizer nada, nem tu me devias dizer algo.
«Queres estar comigo? Sem querer apanhar nada a meio ou estar no meio.
Eu queria estar contigo para realmente estares comigo.»
.


As entradas repentinas também já são rotina. Quase como tu ires: ires e vires sem nunca ficares. Ires para ficar e vires sem realmente voltares. É rotineiro...e cansativo!
É isso e, gostar de ti quando te vejo. Que não pode ser definição de nada, mas tu aceita-lo. Aceitas levemente a fuga ao(s) (verdadeiros) sentimento(s). Pois no fundo, o que te assusta é o mesmo que me assusta a mim: não é quando nos vemos, é saber que nos podemos ver…
O que nós queríamos, era termo-nos por inteiro, mas sempre com prestações. Queríamos muito, mas um muito controlado. Queríamos desiludir-nos, eu contigo e tu comigo. E tu foste embora, e isso, maior desilusão não me podia ter causado.
«Queria ver-te e queria tocar-te. Perguntei para saber se estávamos em sintonia.»


Mas tu foste embora…e agora não me venhas com falinhas mansas…
(porque sabes que eu adoro!)

9 comentários:

  1. Muito bem dito!
    É verdade, falinhas mansas que gostamos... Mas sim, essa é uma das maiores desilusões. Gostei! **

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  2. está lindo, e revejo-me muito neste texto. felizmente, estou a conseguir, muito lentamente, ultrapassar. espero que aconteça o mesmo contigo querida!*

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  3. eu acho que o meu blog precisa outra vez de uma mudança ahah

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  4. e se ele vier com falinhas mansas, tu voltas?

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  5. Acho que estamos as duas em posições tão semelhantes, minha querida..
    As tuas palavras enchem-me a alma, de tal maneira que já me deparei a pensar: "Quando será que a Mafalda vem ao blog?". Adoro as tuas palavras, adoro o teu canto,adoro encontrar alhuém que me perceba sem ter de me explicar *

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