domingo, junho 6

Paraíso

A saudade do paraíso já é prato do dia na casa da melosa utopia.
Hoje, em especial; gostava de chegar a casa e encontrar-te perto da porta para me ouvires chorar a saudade de pisar o (nosso) paraíso.
Queria enumerar-te todas as figuras que por lá são família, e como a mobília do éden não se apaga; só cresce.
Precisava dizer-te, que permanece uma beleza tão neutra, quanto a junção: campo e mar; O verde e o azul encaixam-se de forma a provocar mistela em sentimentos que só o sonho permite sentir.
Onde estão as tuas sensações quanto aquele eido? Por lá, costuma perder-se os sentidos; mas as transmissões estão-nos nas veias.
Agora perguntas-me as formas, o molde, os feitios, o formato, o talhe, as feições e por fim as marcas.
Descrever-te o planetário do céu limpo que se confunde em horizonte com o mar, era deixar de sentir o brilho do reflexo da lua no mar; era perder um desejo em cada estrela cadente que se consegue apanhar. Sabes, lá ainda há as noites de chuvas de estrelas.
A sua conjugação de chama/lume é tão luminosa, que o caminho até ao mexe-mexe soa tão mais harmoniosamente por se estar a pisar a fase mais funda da vontade.
A melodia é coerente com as impressões; combina o desejo, combina a cantoria, e combina o barulho do mar, a enrolar a areia, formando uma onda; Quase que se descreve o mar e a areia como as figuras, e a onda como o resultado – enovelar(-se).
É isto que nos movimenta desde que o sol nasce, até que o sol se ponha, para que o trajecto seja sempre o mesmo: tenda, bar da piscina, praia, bar da piscina, bar do ténis, bar da piscina, piscina, bar da piscina, tenda, bar da piscina (…) bar da praia.
Onde escondeste os teus olhos, olhos esses que te permitiam visionar tudo o que é assumido pela perfeição. Como aquele espaço correspondia a todos os requisitos exigidos para ser tomado e visionado como um encanto raro. Onde os deixaste para não ver toda aquela beleza paisagística?; Onde escondeste esses teus ouvidos que te permitiam deixar adormecer aos sons dos grilos e acordar a ouvir a inocência de (dois) passarinhos apaixonados que pelo entardecer fizeram um refrão de paixão. Onde??!
Diz-me; Onde perdeste todo o toque da magia; todo o olfacto da fragrância; Onde escondeste (tu) a tua língua que deitava paladar ao nosso empíreo?
Este (éden), onde não há melhor sensação que o inicio do tremelico da longa estrada, que nos aperta um nó na barriga após sentir o ardor à nossa paixão; Este (empíreo), onde não há pior sensação que sentir que a estadia está concluída e que se segue uma longa caminha com um nó na garganta, que (tenta) sustente(r) as lágrimas que balançam entre a saudade e a nostalgia.
«É só para dizer; Que (agora) o meu nome é nostalgia. Tenho 4 anos feitos precisamente no mês de Agosto. Agosto é o meu mês, e (só) vivo no verão.
Acampar é a minha forma de viver; Adoro a junção: campo e mar.
Vivo G-A-L-É»

(Verão 2009)

9 comentários:

  1. Falas de mim mas tu continuas incrível, a tua forma de escrever, de te expressares... Como encanta :')

    ResponderEliminar
  2. Ainda bem gostas de ir lá ^^
    E esse paraíso que aí descreves...

    ResponderEliminar
  3. O dia não é quando quisermos. O dia é quando a palavra amo-te for verdadeira...fizer sentido.
    Adorei o teu texto (.

    ResponderEliminar
  4. Que maravilhoso texto. Que sentimento forte.

    ResponderEliminar
  5. Tão bonito isto tudo que escreves-te...

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  6. tenho estado ausente do blog :$
    por isso nao tenho respondido ao comentarios desculpem :$


    e obrigado.

    Beijinho de silênciodosegredo.

    ResponderEliminar