Quero que conjugues o verbo querer em nós; pedes-me.Eu quero; Tu queres; Ele quer; Nós queremos; Vós quereis; Eles querem – soletro eu, sem objectivo. Só porque sim; só por querer(es).
Após sorrires com os olhos a satisfação de uma obstinação; perguntas-me em que conjugação gosto mais de ver o verbo querer escrito.
Para mim e para os meus botões; penso de como gosto de ver o verbo querer conjugado na primeira pessoa do plural – nós. E cá te digo, de preferência no presente. Melhor, para ser sincera, gostava de nos conjugar no futuro, e lembrar-nos no passado.Mas assumir-me nestas palavras era deixar-te ganhar, em permitir que ouvisses as “confissões de uma miúda que qualquer coisa por ti”.
Assim desprezo, o “Vós quereis” porque poderias não perceber o requinto da palavras; e o “Eles querem” porque não gosto do impessoal que assume.
Centro-me em mim e no particular – “Eu quero”; Revelar-te seria catastrófico. Era admitir-me e cair. Era deixar que me descobrisses, era dizer-te qual é o meu ponto fraco.
Mas na verdade, fui sempre eu que te quis. Procurei-te fosse verão ou inverno. Mas o teu desprezo ou indiferença, como lhe queiras chamar, respondia por ti. Optavas pelo silêncio.
Fazes uma expressão de quem já desespera por esperar, e vejo que já enrolei.
Será que me fiz ouvir para lá dos meus botões?!
“Tu queres” – digo apressada e meia corada; Já estou é a balançar no sonho e na verdade.
“Eu quero-te” – dizes tu, agradado com a resposta. Mas ainda tomas a ousadia de te completar em disparates: dizes que me queres nos dias pares e nos dias ímpares, para a manhã a tarde e a noite e para quando faz frio e sol também.“
Sim, sim” – não controlo as palavras. Deves querer-me a mim e a duzentas daqui e dali. Deves querer-me como me querias nas promessas do outro dia. Deves querer a tempo curto e temporário.
Estás com um ar zangado; Volto a peregrinar as palavras, mas não controlo a força de como me caiem-me pela boca.
“Além da Mafalda que és tu, só quero a minha mãe.” – repetes persistente.Tento não me render a estas palavras; Mas na verdade, eu quero-te.
Perguntas-me em que termos. Portanto, calculo que as minhas feições falaram por mim.“Quero-te – a tempo continuo; não por pré-períodos. Quero que não desistas de mim, seja lá por que motivo for. Continua e longa, se não for pedir muito.
“Adoro tudo o que escreves. É demais.” - exprimes-te, após a minha declaração!
E eu adoro escrever! E escrevo; Rascunhos de vida. Mas deposito-lhes fé. Mas nestas palavras não consigo depositar. O optimismo não acompanha o “nós”.
Impregnas as minhas palavras; Culpas-te pela minha falta de optimismo. E prometes que me provarás qualquer coisa. De como o verbo querer numa só pessoa é incompleto; São precisos dois, um plural.
Mas pedes-me falta de credibilidade no passado, e quando ele é chão do meu espelho, eu não o posso fazer. Só aguardar sinais.(Olha, não era mais bonito ver-mos o verbo querer, conjugado no tempo presente da primeira pessoa do plural?!)
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é engraçado como o verbo querer serve para depositar o nosso 'eu' mais intrínseco em tudo o quanto aplicarmos, não é?
ResponderEliminarOh Mafalda, sempre bem. muito bem. uma pureza transcendente. *
Falas de mim?
ResponderEliminarÓh Mafalda, tu és o anjo das palavras!
Um beijinho**
" I write for the same reason I breathe "
ResponderEliminarmuito bom!
o pior em psicologia é a area de emprego :x
O final que está em parentesis devia era estar a letras gigantes.
ResponderEliminarEstá um doce de texto. Ele quer-vos, de certeza.
está fantástico, fantástico, fantástico Mafalda
ResponderEliminarmuito bom !
ResponderEliminarmafalda, adoro o que escreves desde o primeiro dia que te li :) este texto para mim foi a forma mais directa e ao mesmo tempo súbtil de dizer o que se sente! e está tão bonito..
ResponderEliminarObrigado. Gosto do texto esta mesmo giro.
ResponderEliminarGostei do blog (:
A esperança é a única a morrer. É isso que dá gozo viver: lutar pelo que queremos.
ResponderEliminarElo.
Tão querido. :)
ResponderEliminarescreves de uma forma tão sensata e articulas as palavras com o sentido singelo que existe contigo.
beijinho. :)
Era mais bonito sim, minha querida. Adorei este texto..mesmo mesmo!
ResponderEliminarQueres "ler" um segredo? Eu gostava era ter quem me dissesse "quero-te".
Oh Rainha, obrigada :$
ResponderEliminarMas olha , este texto , como todos os outros , meu deus , deixam-me sem palavras *_*
"(Olha, não era mais bonito ver-mos o verbo querer, conjugado no tempo presente da primeira pessoa do plural?!)"
Oh se era , muito amis bonito e muito mais feliz.
Vou seguir..:)
ResponderEliminarEste texto está muito bonito.
Mas que lindo esta simplesmente fantastico :D
ResponderEliminarD á tempo ao tempo, e se realmente o sentimento for forte de certeza que esse verbo vai ser conjugado no plural :3
Beijinhoo*
Por vezes o que mais queremos é que o verbo querer se conjugue com o ter. :x
ResponderEliminarAdorei o texto.
beijinhos. :)
bonito ^^
ResponderEliminarTenho saudades de te ler :o
ResponderEliminarQue coisa fantástica!
ResponderEliminarParabéns pelos textos, adorei cada pormenor :)
Beijinho.
que saudades que já tinha aqui do teu espaço (:
ResponderEliminarobrigada pelos comentários.
adorei*
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