BVVV; BVVV: repisou o meu telemóvel consecutivamente – “Onde estas?”; “Obrigado Mafalda. Obrigado!”.
Não sei onde pretendias levar a tua intenção de manipulação, mas o meu sobrolho entortou até ao fundamento da questão.
Beneficiando da incógnita, prescindi a minha mão de escrever o que o meu coração emitiu: “Podíamos ir lanchar se…(?)” - Não pode ser, discorro eu: apago após ter enviado.
Oculto-o bem fundo para não ter que o ver; escondo-o e resguardo-me: “Podíamos” - mas como me resguardei, procuro não me encarar por inteiro e com os olhos entre abertos me busco.
Não comunicamos pois, tenho apreensão de ver a réplica: mas ás 18h num sítio qualquer.
Íamos sentar-nos numa esplanada, ou no banco - o dos segredos, aquele nosso sabido, lanchar um apetitoso folhado de chocolate, como nos velhos tempos, e com isso: brindaríamos à nossa contemporaneidade.
Roçavas; passavas; manuseavas - “Agarra-me, puxa-me e beija-me”, cogitava. E aí: lancharemos os beijos da saudade. “Ridícula” – pensei; ridícula saudade.
Prosseguimos num trajecto que não me era desusado: leva-me; leva-me para onde quiseres, eu vou. Eu contigo vou para todo o lado – sou tão manipulável.
Deixei-me ir: conduzias-me para entre quatro paredes.
Eu sei que desejavas sentir a essência embebida da nostalgia, a carência que o meu corpo acarretava no teu - como eu era puzzle embutido em ti.
“Mas com que te despistas?”, pensei. “Ele está bem: delicado como sempre, tratado!”; “Deve andar bem, sorri”; “Ele está a sorrir-me demasiado”; “Mas ele está cuidado, está bem”; “Eu sou só a ex-namorada a acompanha-lo até minha casa”;
E foi em entoação de interpelações, que posteriormente a abrirmos a porta do meu lar, que em género de chantagem me aprisionaste o pescoço, e não me deixaste contornar a cabeça - já não contemplava o teu olhar verde: belo e genuíno, encaixotado no meu negro, à tanto tempo.
Rememoro - como tu eras formoso, gracioso, jovial.
O teu cabelo tinha composto umas feições perfeitos; calçavas os meus ténis preferidos e trajavas uma t-shirt vermelha – a pigmentação da paixão, e ficava-te tão bem. E o pormenor, de como eu venerava essas tuas mãos ruídas, a puxarem-me.
Num ápice, vi-te próximo de gemeres de mágoa e desenraizares uma lágrima - como cogitei o que em quantia me repetias: “Os homens não choram, estive só a descascar cebolas.”
Quiçá, por actuares a tua fraqueza, e eu presenciá-la, comutaste a voz tremida por um beijo - alternaste o vocábulo duro por um mais meloso.
Tens pensamento para reflectir a minha sensação?! Aguardava-o desde que partiras; esperei-o toda a data.
Quando te aperfeiçoaste, readquiriste o juízo e sisudamente verbalizaste: “Porque me fizeste isto?”
A chuva chorou a minha cobardia. Eu converti-me a chuva…
“Dois anos e meio não se levam para longe” – Considerei mas degluti!
(Olha: Tinha saudades tuas, e é só…)
(Início de Junho de 2009)
Sabores
amargo sabor
(21)
apático sabor
(1)
doce sabor
(28)
esperançoso sabor
(4)
inconsciente sabor
(10)
mistos de sabores
(3)
moral da história em sabor
(6)
película de sabores
(1)
perigoso sabor
(12)
sabor da arte
(2)
sabor da inversão
(1)
sabor da perca
(2)
sabor das chamadas
(3)
sabor das épocas
(5)
sabor das hesitações
(1)
sabor das interpelações
(5)
sabor de afeição
(11)
sabor de amor
(28)
sabor de angústia
(7)
sabor de anos
(3)
sabor de desamparo
(1)
sabor de devaneio
(2)
sabor de éden
(3)
sabor de pecado
(3)
sabor de reminiscências
(2)
sabor do abalo
(5)
sabor do desamparo
(2)
sabor do tombar
(2)
sabor dos bilhetes
(3)
sabor dos grandes
(1)
saudoso sabor
(12)
A saudade é cá uma coisa!
ResponderEliminar"Isto está um completo mimo **
Tu sim marcas(-nos) ^^" obrigada :') *****
Saudades so? Pelas palavras e descriçao... as saudades iam bem fundo :P *
ResponderEliminarAdoro ler-te.
ResponderEliminarEu só o queria ter comigo, nada mais.
Oh Mafalda, Desta vez acho que vou começar mesmo pelo fim do teu comentário, sim, porque poderá soar-te a plágio, mas também eu estou cada vez mais, dia após dia, perdido no teu imenso talento, mas acaba por ser é um sentimento de estar perdido por gosto, perdido por vontade própria rendo-me ao teu talento, e deixo-me ficar simplesmente perdido pelo prazer de deixar que as tuas letras doces me envolvam, me embalem ao sabor da tua harmoniosa escrita. Aquela que me preencha e me faz voar, mesmo com os pés assentes na terra. E parto e vou descobrindo, conhecendo sentimentos, que até então a nível literário, eram completamente desconhecidos. É uma rendição fácil, e eu entrego a minha dedicação a magnitude da forma como crias emoções que desenham sentimentos em mim. ; )
ResponderEliminarSe até então me dissessem que seria possível sentir desta forma tão próxima, tão presente, através de simples conjugações melodiosas de frases, provavelmente julgava que seria de todo impossível, mas tu com o teu talento inequívoco para juntar letras e aglomerá-las como se da mesma bela composição se trata-se, provas-te que os impossíveis pouco ao nada são perante as verdadeiras obras de arte por ti assinadas. Acho que nunca é demais referir, largar ao vento, a minha adoração pelo que escreves, e acima de tudo por aquilo que me fazes sentir de forma continua. Fazes-me de forma tremendamente verídica, imaginar e visualizar esses locais repletos de emoções verdadeiras, puras, genuínas que eu julgava ser possível atingir. Mas eu atinjo, contigo, é fácil de viajar até esses lugares secretos, verdadeiros mundos literários que nos transcendem, onde as palavras nos consomem nos abraçam dando espaço aos sentimentos, abrindo caminho para as emoções poderem germinar e florir.
Fazes-me sentir, não é de mais repetir, vibrar ao ritmo que dás uso ao abecedário. Mesmo sem te puder ver, imagino-te a preencher os dias de cor, dás vida a qualquer folha de papel em branco, que a partir da tua passagem nunca mais irá ser a mesma, irá ficar marcada, e sentir a tua falta após a tua “saída”, após o último ponto final. Porque a escrita que nasce da tua veia literária, cria marcas profundas, daquelas que não se apagam, que deixam saudade que perduram pelos tempos, daquelas que criam vontade de estar constantemente próximo, uma espécie de dependência, que só tem descanso quando finalmente nos depararmos perto, e podemos por fim beber da harmoniosa fonte de palavras que dás vida.
As palavras tornam-se momentaneamente quase que esgotáveis, perante a magnitude do teu talento, as palavras até se poderiam esgotar , mas nunca o que sinto, nunca a vontade de tas dizer, de te transmitir a fluidez, o mix de sentimentos que crias que potencia o nível de adoração e que dificilmente conhecerá limites.
Sabes, também confesso, que não consigo ler um comentário teu sem que seja atingido por um mar de sensações, do género das que referiste, espécie de efeitos secundários sim, mas neste caso muito positivos, daqueles que nos colocam sorrisos rasgados nos lábios instantaneamente, Daqueles que têm a capacidade nos preencher e aquecer a alma na sua totalidade, que são capazes de animar até a pessoa mais triste do mundo. Daqueles que reflectem a nossa alegria, que a queremos até mostrar, exibir menos que ninguém a perceba porquê. ; D Eu Sinto-o e percebo e isso é o principal.
ResponderEliminarDou por mim a cair nas tão faladas repetições, acho que não podemos mesmo fugir delas não é, é realmente impraticável. Talvez porque tentemos continuamente explicar por palavras, aquilo que apenas se sente, aquilo que desfrutamos quando nos deparamos com um texto de inegável talento que nos toca. ; D Deste modo as repetições acabam por acontecer naturalmente de forma espontânea, e sinto novamente que me perco, que me repeti em elogios constantes. Mas o facto de serem constantes deve-se ao talento que já por tantas vezes referi, aquele que me faz sentir e dizer que adorar já se sem dúvida mais do que um cliché, pois é tão fácil perder-me no que escreves, perder-me na forma eloquente como articulas o teu discurso, fazes, assume-se como um grande vicio, daqueles que é impossível fugir, o melhor mesmo é dar-lhe asas.
Sinto que estou viciado, viciado no teu cantinho de belas palavras, onde germinam sentimentos que conquistam, onde tu encantas fruto de conjugações perfeitas. O teu cantinho aconchegante, que timidamente também já o considero em pequena percentagem como meu, sinto-o como já fizesse também parte. Onde gosto de aguardar pelo que me escreves. O sentimento de estar em casa, acaba por ser tremendamente familiar. Sinto que já me faz falta.
Quase que me esquecia de referir a parte dos cinco sentidos que tão bem ilustras-te! Ainda não te tinha dito. ; D Depois dizes que eu é que sou escritor, quando é a menina, que nos oferece perspectivas com uma amplitude destas. Que me deixam simplesmente fascinado, onde apenas posso observar e navegar através das mesmas, tudo o que pudesse dizer não iria estar à altura do que tão bem descreves-te. É caso para dizer que a grande escritora és tu! Sem sombra de dúvida Mafalda. ; D
Pronto, posso-me debruçar agora sobre o magnifico texto, já começa a ser hábito, acabarmos por misturar tudo e divagar ao sabor das palavras, mas até considero que os comentários assim ficam mais construtivos, mas próximos. ; D
E o que dizer da qualidade muito acima da média que roça a perfeição e que é inerente a mais um dos capítulos com que nos tens presenteado de uma História que nos deixa boquiabertos, onde um sentimento como o amor, deriva à medida dos sonhos. À medida de sentimentos que foram partilhados e que não se podem ofuscar ou meramente extinguir de forma leve de como quem desliga simplesmente um botão. Existem sentimentos que carregam consigo uma imensidão de sensações, emoções que podem por si só mover o mundo. Sabes que mais uma vez, consegues prender de forma clara, quem te lê, e ficar vidrado até que a última letra por fim chegue. É o gesto que a vontade irreflectida que surge de imediato, e voltar a relê-lo. Só para saborear novamente o modo com vais compondo de forma melodiosa frase, após frase. O tempo tem o poder de consolidar sentimento de os massificar e de os tornar verdadeiros rochedos intransponíveis, é esta a minha visão do sentimento presente em todo este capitulo, algo forte que perdura que teima em resistir, mesmo que em muitas vezes não existam razões plausíveis para tal. Talvez porque sentimentos como o Amor, não sejam verdadeiramente racionais, ou não precisem de factores que façam realmente sentido para se explicarem, Simplesmente crescem e resistem, não precisando de motivos aparentes. ; D
ResponderEliminarBeijinho grande, grande. * (:
P.S. -Acho que é impossível, não me alongar, ou manter uma estrutura coerente para o comentário, mas acho que até lidamos bem com esta desorganização organizada, não concordas Mafalda? Haha : D Pensei em pedir-te também desculpa pelas constantes repetições, mas o que dizer delas? ; D É deixar fluir o que corre cá dentro, e perder-me de forma inquestionável no teu imenso talento.
Beijinho *
Oh, os meus textos mais antigos estão mais fraquinhos.
ResponderEliminarTambém não gosto desses elogios. São mesmo... Sei lá, gastos. Às vezes parece que a última letra está gasta e tudo.
'Eu converti-me a chuva...'
Sempre amei dançar à chuva, agora sempre que o fizer vou sentir-te. :) *
(Desculpa a demora da resposta)
Tanto que se sente nas tuas palavras e que não se explica, um texto LINDO, ou muito mais que isso *
ResponderEliminarSem mto tempo para escrever ? Obrigado pelas visitas... sempre vens ver.
ResponderEliminarE acho que nao sao nada demais..e não e namorada, nao tenho disso :P HAhaha
So palavras que vem a cabeça..o ultimo foi para aquela amiga especifica. Nao tenho culpa
Bjito e passa sempre. Usas hi5 ou facebook?*
Há sempre maneira de o consertar, pelo menos é o que eu espero!
ResponderEliminarObrigada pela milionesima vez, Mafalda!
Beijinhos***
Não faz mal.
ResponderEliminarAndo a tentar fazer um texto sobre isso mas não é fácil :s
Ainda não li este texto.
:') *****
ResponderEliminarOh Mafaldinha, eu nem sei explicar bem porquê mas gosto de ti. :)
ResponderEliminarA sério. Trazes boas vibrações, e fico logo alegre e parece que 'animada' com os teus comentários. É uma coisa mecanicamente sentimental. (eh lááá, ahah)
Obrigada pelo comentário, a sério.
Talento? Falas tu de talento? Olha bem para os teus textos. Parecem directos do coração para a folha.
Oh, adorei o teu 'ps'.
Vou fazer assim, estive a pensar e adorava um dia destes estar contigo, ou irmos falando.
Vou-te deixar um comentário com o meu número (ponho em separado para poderes aceitar este e o outro apagares, se não te importares, claro!)
Assim, quando quiseres e te apetecer mandas-me uma mensagem.
Beijinhos*
Digamos que mais uma vez, encantas-me. É extremamente forte e inquietante.
ResponderEliminarÉs extraordinária.
A força que transmite cada palavra, cada sentimento.
É um amor tão forte que dá para o coração sorrir. Fico encantada com este amor.
Dois anos é imenso, é imenso. Passa-me muito.
Admiro(-te).
Mas cuscuvilheiros? Aqui tens seguidores hahah ... mas axo k nao mereco tantos elogios , mas so tenho que agradecer :P
ResponderEliminarAte agora es unica..por la. Mas sabias que dava para por o perfil privado ? ... haha
Fui eu que tive a ideia. :)
ResponderEliminarDeu-me um flash luminoso, ahah.
(Manda-me uma mensagem logo que puderes, também quero ficar com o teu número. Só de saber que tenho a possibilidade de falar realmente contigo, para além deste mundo. Que devo dizer que gosto bastante, ahah.)
Obrigada por tudo o que disseste, foi sincero. Eu sei, eu sinto-o. *