segunda-feira, setembro 1

Tens pensado em mim?

Penso em ti em muitas ocasiões do meu dia e por diversas razões. Penso que amo o amor que deixámos em cada momento que partilhámos. Penso muito em como amo todo o amor que deixei contigo. Penso com bastante frequência que, de facto, te amo mas que já não estou apaixonada. Penso, nesses momentos, que me faz sentido estarmos separados se não estamos mais apaixonados. Penso que o amor sem a paixão morre. Penso, demasiadas vezes, que não quero ver o meu amor por ti morrer. Penso que te prefiro amar de longe, como se ama o primeiro amor da nossa vida, para não te ver desfalecer, lentamente, dentro de mim. Penso, com certeza, que és esse amor, o primeiro de uma vida e também creio que és o amor da minha vida. Penso com regularidade, como quero que sejas o amor da minha vida. Penso muito que talvez não vá existir amor maior que o que sinto por ti. Penso, no entanto, que para além do amor da minha vida precisava que fosses a paixão da minha vida. Penso que só faz sentido estarmos juntos se combinarmos o nosso amor com a paixão. Penso muito sobre o momento onde perdemos a paixão um pelo outro. Penso em como não podemos fazer nada com todo este amor que trazemos e com toda e tanta falta de paixão. Penso mesmo, que nesta fase da nossa vida, não existirá paixão para nos salvar e que o amor não nos é suficiente. Penso que te vou amar para sempre. Penso, ainda mais, que não me vou voltar a apaixonar por ti. Penso que mataste toda a nossa paixão. Penso mesmo que te amo porque antes te amei tanto. Penso que não seria capaz de ficar contigo novamente, se não tivermos a paixão para partilhar. Penso que foi o amor que nos deixou assim. Penso que achamos que o amor era uma garantia. Penso que nos amamos, demasiado tempo, de forma garantida. Penso que amar de forma garantida é desistir de amar de forma boa. Penso que talvez tenha sido no momento que nos passamos a amar desta forma que deixamos a paixão morrer. Penso que desistimos um do outro. Penso que só e talvez a paixão, fosse o que nos salvasse. Penso é que não devíamos precisar de ser salvos de um amor. Penso que nos perdemos demasiadas vezes. Penso, muitas vezes, que te amo sem paixão alguma.


- Mas não, não penso em ti. Lamento. Setembro chegou e eu recomecei sem ti.

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