segunda-feira, agosto 15

Que sejamos merecedores do destino de Vénus

Eu só vos quis vir aqui dizer que o amor merece sempre tudo de nós, merece sempre mais, sempre mais uma tentativa quando é amor. Pensei eu que o amor tinha morrido, não o matemos nós agora, porque eu ganhei uma, nós ganhámos mais uma tentativa. E espera fazer-se do (velho) amor qualquer coisa. E qualquer coisa pode ser amor. Era isto, doces almas voantes.

sexta-feira, agosto 5

Ontem contámos estrelas

Não te disse, mas fizemos das coisas mais bonitas que há para se fazer aqui de baixo quando contamos estrelas. Quiseste ficar comigo a contar estrelas, mas se tu soubesses o que são as estrelas, inculpada alma. Eu não te disse porque não sei se ias perceber, não sei se te ia fazer entender que para mim, quando se contam estrelas parece que se estão a contar sonhos. Não te queria assustar e por isso não te disse o quão mais bonito achei o teu coração depois de contarmos estrelas. Quando se contam estrelas estão a partilhar-se almas, sabias? E os sonhos são uma forma suave para se entrar um bocadinho no coração do outro, também não deves saber. E olha ontem fizeste o teu espacinho crescer no meu, tudo em silêncio, ainda mais bonito. Também não sabes, mas eu podia ficar contigo até ao amanhecer a contar estrelas para depois te falar sobre o sol. Ou eu até podia morar contigo debaixo das estrelas. Até me podia estar a apaixonar pelo teu coração bonito – depois de o ver por baixo das estrelas - isto se ainda soubesse como me apaixonar sem ser pelas estrelas, ou por conta-las. Ontem contámos sonhos.